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sábado, 3 de novembro de 2007

''sobre o tempo''

A vida é tão breve como o pôr-do-sol, que simplesmente desaparece ao entardecer, chega a ser desesperador, cada pôr-do-sol mais um dia que se foi, mais uma vida que se encerrou, e outras tantas por começar.
E não há o que se faça para este tempo parar, cada momento, cada pensamento, que como um simples arquivo, um dia já não mais existirá.
É triste ver tamanha ansiedade pelo baile da semana que vem, ou o aniversario de sei lá quem.
As semanas passam de forma assustadora.
Mal começam as noites de sexta-feira e já está se acabando o sábado.
As segundas se precipitam, entrando domingo madrugada adentro, que nem se viu passar.
E quando se pensa que é terça, mais uma segunda já está por começar.
E assim também vão se os meses, as primaveras. Quantas primaveras!
Eu não consigo acreditar, esquecem do hoje, vivem o amanham, e deixam tudo como esta.
É como se não interessasse.O que só me leva a crer que o tempo tem mesmo é que passar.Tão breve. Tão inconseqüente, que insiste em terminar.E só no fim da vida é que pensamos em como queríamos voltar

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O meu sonho seria escrever

Uma historia tão linda, que mudasse os pensamentos, que trouxesse sentimentos.Que fizesse as pessoas mais frias chorar, que fizesse os pessimistas verem uma luz e acreditar.
Que fizesse cada nação se aproximar.
Uma historia tão linda que ninguém pudesse acreditar, que ao lerem iriam se apaixonar.
Os arrogantes se tornariam simpáticos.Os orgulhosos, mais humildes.Os tristes se tornariam alegres e os corruptos nunca mais iriam roubar.
Tão linda que reinventasse a historia, e como ela, tudo seria diferente.
Que fizesse os omissos se apresentar, e cada pai, do seu filho se orgulhar.
Que fosse tão pura que limpasse os corações.
Tão fascinante, que fosse contada por milhões as multidões.
Que fosse como um raio de sol, e a mais bela noite de luar.
Que as pessoas dissessem que valeu a pena ter vivido, só por poder tê-la ouvido.
Que fosse tão linda que fizesse os mais complexos deprimidos se curar.
E se pudesse escrevê-la, jamais me importaria se a sua autoria não fosse atribuída a mim.
E quando me perguntassem, como obtive tamanha inspiração.Diria que em uma bela noite, um anjo veio me contar.
E todas as noites peço a Deus que este anjo venha me visitar.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

O que você gostaria de estar fazendo?

Semana passada, eu observava a bela vista da cidade, durante a madrugada.Imaginava, quantas pessoas dormiam, o que sonhavam.Dava pra se ouvir lá no fundo um pequeno grito de clamor, um pedido de socorro.
Aquelas luzes não eram mais suficientes, a escuridão tomara conta de seus pobres moradores, as almas mais obscuras faziam dali suas moradias.Era necessário o amanhecer do dia e o surgimento do sol.Senti-me completamente impotente e pequeno.
É impressionante como deixamos o sentimento de impotência tomar conta de nossos pensamentos.Não esboçamos nem um único pingo de relutância e nos entregamos quase que sem resistência.Resistência essa que fica em nossos pensamentos, não gera energia e nem emergem das profundezas de nossos inconscientes.
Desconhecemos nossas forças, desprezamos nossas capacidades.Submissos, não realizamos nossas vontades, e inertes, aceitamos o que nos é imposto.Uma vida sem oxigênio, sem ar.
Tem uma pergunta que freqüentemente me faço, parece até loucura, mas não é. Já se perguntou o que você gostaria de estar fazendo agora e com quem?
Durante a sua vida você terá varias respostas, e por poucas vezes a menos que você esteja completamente realizado você dirá que gostaria de estar ali e com quem estivesse.
Quando no frio do inverno você estiver preste a congelar, não dará mais importância ao que se fez, mas lembrara com tristezas o que perdestes.Se todos pudessem fazer o que quisessem e ser o que pudessem, será que este mundo seria mais feliz ou não teria graça?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

do outro lado da vida

É interessante pensar em como as pessoas vêem a morte com tamanha dificuldade.Será porque nem sempre pensamos nela como fazendo parte de nossas vidas?É difícil pensar como se tornou tão banal o valor da vida humana.Um par de tênis, um relógio O que há por traz de tudo isso não vale mais nada, família, amigos, trabalho, os sonhos de uma vida que jamais se realizarão.
Pra quem fica, a morte não é mais do que a dor, sofrimento, desespero, angustia e tristeza, em raras vezes alívio e paz.Pra quem vai só resta se conformar com o destino escolhido por Deus e a certeza de um recomeço ainda que desconhecido.O fato é que a morte sem dor é fascinante, porque ate hoje ninguém teve essa resposta. Sem dor porque não participamos, dor essa inevitável para qualquer ser humano que se tenha o mínimo de compaixão.Não me lembro de ter perdido alguém tão próximo assim, perdi meu tio, companheiro de muitos churrascos em família, bom homem e generoso, minha amiga Meire, grande pessoa!
Prefiro pensar na morte como o começo de uma vida nova, sem dor, sem cobranças.Num lugar diferente de tudo o que já se viu, onde não haja a ganância que move nosso mundo triste, condenado pelos desejos de poucos.Onde não haja o dinheiro, e a riqueza seja insignificante diante dos verdadeiros valores.Onde não haja preconceitos e indiferenças.Onde ninguém mendigue um pedaço de pão pela manha e um cobertor ao anoitecer.Onde não haja piedade porque não há necessidades.Onde todos falam o mesmo idioma, comam da mesma fruta, e bebam da mesma água.Onde todos usam as mesmas vestes, mesmas sandálias, sem a intolerância da inveja e do consumismo que promove a indiferença.Onde todos freqüentem os mesmos lugares e faça de cada dia um show de vida e de esperança.
Sei que sou um idealista e sei também que esse mundo não existe, se existisse seria o paraíso.O que me deixa mais triste é que foi assim que Deus planejou, nos deu o livre arbítrio, e o que fizemos?Fizemos isso ai, o inferno!
Se o inferno é aqui então porque ter medo da morte se só pode existir o paraíso.
Um dia também quero ser um anjo de Deus, e quando isso acontecer não quero que ninguém fique triste porque estarei realizado, estarei num paraíso.
Estarei no único lugar onde todos somos iguais, na morte.