Nada importa mais.

Não ligo se o vento mudou sua direção.
Não ligo se os raios caem ou se tocam o chão.
Não ligo se as rosas estão morrendo.
Nem tão pouco para as borboletas.
Não ligo para o que estão dizendo.
Pois nada importa mais.
Não quero ouvir o barulho das ondas.
Nem os pássaros cantando.
Cansei-me da sinfonia.
Talvez a musica tenha se tornado obsoleta.
E nada importa mais...
Não me importa se os dias estão mais frios ou mais quentes.
Não me importa se estão comendo ou bebendo.
Realmente não me importa como estão vivendo.
E assim já faz algum tempo. Que não me importa mais...
Pode ser que assim tudo faça sentido.
Que tudo se encaixe ou procure o seu destino.
Agora é assim que eu prefiro.
Prefiro não me importar.
Não questionar mais o destino.
Seguir por um caminho tranqüilo.
Não quero mais procurar por respostas.
Eu decidi ser uma pergunta e parar de perguntar.
Por que ele parou de se importar?
Talvez agora eu seja a resposta daqueles que se importam.
Pois eu decidi não mais me importar.

Tudo que eu queria lembrar.

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Lembrei-me do cair da noite, de como era lindo o pôr - do - sol ao entardecer.
Lembrei-me de como dizia palavras doces e de como movia seus lábios.
Lembrei-me da chuva caindo naquela tarde de domingo, e como parecia lágrimas a água que escorria.
Lembrei-me daquela noite fria, das músicas que ouvia, e de um sorriso escondido em seu olhar.
Lembrei-me de como o mundo era diferente em sua presença, de como tudo parecia simplesmente parar.
Lembrei-me de cada momento eterno. Lembrei-me de tudo que eu queria lembrar.
Esqueci das horas que jamais foram sonhadas e dos momentos que nunca significaram nada.
Esqueci de tudo que foi triste, mesmo quando da tristeza se fizeram momentos inesquecíveis.
Esqueci de tudo que assombrava meus pensamentos.
Esqueci de desvendar os segredos, suas respostas já não são mais importantes, já não servem de mais nada.
Esqueci meus medos e todos os segredos que não me permitiam viver.
Esqueci de tudo o que eu queria esquecer.